terça-feira, 25 de setembro de 2007

Sincero Adeus


Uma carta de suicidio? Sim um tema mórbido mas que um dia me desafiou e eu achei interessante um devaneio fora das maravilhas poéticas.Aí vai, mas não pensem que estou querendo ir embora pra outra vida... hehehehehe
Abraços

The clown

Sincero adeus

E a angústia volta a me consumir em pesadelos
O que se mostrava colorido se torna ao desbotado claro
Mais uma vez a realidade, que preferi cegar-me diante de sua melancolia,
rouba de mim os momentos que perpetuei em sonhos
Sendo assim, que os pulmões sangrem ao sabor da menta e apodreçam,
que os músculos me incomodem e façam com que o sabor do fel volte a meus lábios
enquanto o mundo gira e tento mais uma vez mergulhar numa maré de ilusões.
Só que dessa vez rogo por que seja mais profunda
e mais inatingível pelos dedos cruéis que me trazem para a superfície,
onde nada passa do que temos que aceitar, muitas vezes esquecer e tudo
se resume na superficialidade do império da realidade
sem nenhum sentimento ou emoção.
Os fantasmas da noite que esconderam a lua, antes inspiração das minhas aventuras românticas,
fazem com que os dias fiquem mais quentes, as pessoas mais concretas
E destroem tudo, as flores, os pássaros, a liberdade e o pior,
a vontade de sonhar.Nos dando em troca o medo de sonhar
Se o mundo conseguir tirar-me até minha pedra mais preciosa que carrego nesse jogo
despeço-me da vida sem medo, com orgulho, por ter atingido a visão assassina que ninguém deseja ou não alcança, porém derrotado e consumido por uma tristeza que não tenho vontade de curar com uma caixinha de anti-depressivos, logo
Vou me retirar. E tenho consciência de que para o mundo meu rótulo será:
Mais um covarde romântico que foi longe demais em suas idealizações e queria chamar atenção.

“Prefiro a má reputação à má consciência” -Friedrich Nietzsche-

The clown

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