terça-feira, 25 de setembro de 2007

O clímax caótico


Cara, esse texto foi escrito a um bom tempo. Depois de um final de semana que só quem estava presente não entenderia o que aconteceu..
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É isso mesmo, quem estava presente não entenderia, mas, enfim, as idéias desse texto vieram só dias depois e não remetem ao que aconteceu na minha viagem com os meus amigos nesse fabuloso final de semana mas remete ao que eu pensei sobre ele...ai vaí
abraços a todos e viva Albert Hoffman
Dedico a Tety, Kalil, Digo e davi
The clown

O clímax caótico

Resolvi chamar a donzela vida de clímax caótico pois para mim ela não passa de uma viagem que pode acabar a qualquer momento e sempre sem sentido algum,pois vamos embora empanturrados de dúvidas e angústias ficando longe de qualquer coisa que construímos a não ser nossa própria consciência e é por isso que eu adoro essa viagem alucinante.
Se vivêssemos com a idéia de que sempre estamos no clímax de uma história na qual o momento seguinte é sempre uma surpresa, essa viagem caótica seria pelo menos interessam, mas ficamos sempre presos a planos ou conseqüências futuras quando não é o passado que nos encarcera na realidade que nos mesmo criamos.
Além disso, ainda existem os criminosos, estúpidos e convencidos que tentam botar ordem nesse caos funcionando como um diretor de cinema que insere todos num script através de suas formas de poder. Eles criam regras, códigos de ética, padrões morais estipulando causas, conseqüências, punições, recompensas para as ações humanas condicionando-as a sempre serem previsíveis destruindo o clímax e disfarçando o caos, pois nem mesmo esses idiotas conseguem conferir sentido algum a essa estranha donzela vida, apenas criam problemas mais fáceis para se preocupar e os universalizam. È o dinheiro, o emprego, as obrigações, os impostos, as regras. Tudo que deixa de lado o gostoso que é a perplexidade do homem diante a vida. Algo do tipo “esqueça suas dúvidas, incertezas e inseguranças! Não as viva! Viva o cotidiano q inventamos, é mais fácil!”
Ficamos presos a tudo isso tendo que criar uma idéia de felicidade para lutarmos a vida toda por ela sendo que se ninguém encarasse a vida como um conjunto de regras, talvez encontrássemos a felicidade no caos, ficaríamos com ela sem ter a necessidade de criar uma palavra para nos referirmos a mesma.
No dia que o homem aceitar que o mundo é um caos sem razão, que o homem criou deus, que o tempo passa e seu crescimento espiritual é nulo dentro de um script, que a liberdade é vida e que a vida é o que temos durante pouco tempo, talvez ele atinja o fim pelo menos das angústias criadas por ele sem necessidade (as angústias provenientes da vida cotidiana) e possa viver harmonicamente o clímax caótico.

texto: clown
fotografia: mokah

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